Secretaria do Planejamento do Piauí – SEPLAN

Principais notícias econômicas do Brasil e Piauí: 21/10 a 25/10

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Piauí Registra Saldo Positivo de 2.065 Novos Empregos Formais em Agosto de 2024, com Destaque para Setor de Serviços

Relatório mensal do emprego formal no Piauí – Novo CAGED – Agosto de 2024

Em agosto de 2024, o Piauí registrou um saldo positivo de 2.065 novos empregos formais, com 13.368 admissões e 11.303 desligamentos, resultando em um crescimento de 0,57% no total de empregos. O estado ocupa a 8ª posição no Nordeste e a 11ª no Brasil em geração de empregos, com uma variação acumulada de 4,4% em 2024. O setor de Serviços de transporte teve a maior variação relativa (1,71%), enquanto a Agricultura apresentou uma perda de 26 postos. Os homens tiveram um saldo de 1.335 empregos, 55% superior ao das mulheres (730), e as pessoas pardas destacaram-se com 2.103 novos empregos. Municipalmente, Teresina liderou com a criação de 1.189 empregos, enquanto Piripiri teve a maior perda líquida de 1.309 postos. Entre Rios foi o território com o maior saldo positivo (1.286 empregos), enquanto o Vale do Canindé teve a pior variação (-0,38%).

Expectativa do mercado (Relatório Focus/ Banco Central)

A mediana das expectativas do mercado, divulgada pelo relatório Focus do Banco Central referente a 18 de outubro, indica que o IPCA de 2024 deverá encerrar em 4,50%. Em relação ao PIB, a expectativa de  crescimento permanece 3,05%. No que se refere à taxa de câmbio, a expectativa do mercado é de R$/US$ 5,42 ao final do ano. Por fim, a mediana das perspectivas quanto à taxa Selic foi 11,75% a.a.

Balança Comercial Semanal (Secex)

Na terceira semana de outubro de 2024, o Brasil registrou um superávit comercial de US$ 0,932 bilhões, com uma corrente de comércio de US$ 12,194 bilhões, proveniente de exportações de US$ 6,563 bilhões e importações de US$ 5,631 bilhões. No acumulado do mês, o superávit atingiu US$ 3,242 bilhões, com exportações de US$ 19,03 bilhões e importações de US$ 15,788 bilhões. Anualmente, as exportações totalizam US$ 274,486 bilhões e as importações, US$ 212,126 bilhões, resultando em um superávit de US$ 62,361 bilhões. Em comparação a outubro de 2023, houve uma queda de 3,8% nas exportações, especialmente em produtos agrícolas (-18,6%) e na indústria extrativa (-10,6%), enquanto a indústria de transformação teve um crescimento de 5,6%. Por outro lado, as importações aumentaram 15,5%, com destaque para a agropecuária (+16,9%) e a indústria de transformação (+17,5%). Os principais produtos exportados foram soja e milho, enquanto trigo, motores e compostos químicos foram os mais importados.

Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) – FGV IBRE

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) acelerou para 1,37% na segunda prévia de outubro, após registrar alta de 0,47% na mesma leitura de setembro. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) acelerou a 1,76%, após alta de 0,52% em setembro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) passou de 0,20% na segunda prévia do mês passado para 0,34% na leitura de hoje, enquanto o Índice de Custo da Construção (INCC-M) arrefeceu de 0,65% para 0,57%.

Índice de Confiança do Consumidor (ICC)- FGV IBRE

Em outubro de 2024, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do FGV IBRE caiu 0,7 ponto, para 93,0 pontos, após quatro meses de alta, devido principalmente à piora nas expectativas futuras. O Índice de Expectativas (IE) recuou 2,5 pontos, para 99,7 pontos, enquanto o Índice da Situação Atual (ISA) subiu 2,0 pontos, alcançando 83,7 pontos, o nível mais alto desde 2014.

A confiança recuou em quase todas as faixas de renda, exceto para consumidores com rendimentos entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00, que apresentaram melhora. As maiores quedas ocorreram nas perspectivas de finanças familiares e na intenção de compra de bens duráveis.

Índice de Preços ao Consumidor- Semanal- FGV IBRE

O IPC-S da terceira quadrissemana de outubro de 2024 apresentou variação de 0,37%, acumulando alta de 4,47% em 12 meses. Cinco das oito categorias de despesa tiveram queda nas taxas de variação, com destaque para Educação, Leitura e Recreação, que passou de 0,21% para -0,45%, influenciada principalmente pela redução de 2,41% no preço de passagens aéreas. Outras quedas ocorreram nos grupos Habitação, Despesas Diversas, Vestuário e Saúde e Cuidados Pessoais. Em contraste, Transportes, Comunicação e Alimentação apresentaram leve aumento nas taxas de variação.

Índice de Preços ao Consumidor- Semanal – Capitais FGV IBRE

O IPC-S da terceira quadrissemana de outubro de 2024 variou 0,37% e acumula alta de 4,47% nos últimos 12 meses. Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo registraram decréscimo em suas taxas de variação, apenas Recife que apresentou crescimento de 0,74%.

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15

O IPCA-15, prévia da inflação oficial, registrou alta de 0,54% em outubro, acima dos 0,13% de setembro, acumulando 3,71% no ano e 4,47% nos últimos 12 meses. Dos nove grupos analisados, oito subiram em outubro. O maior impacto veio de Habitação, com alta de 1,72%, puxada pelo aumento da energia elétrica (5,29%) devido à bandeira tarifária vermelha. Alimentação e bebidas subiu 0,87%, com destaque para contrafilé, café moído e leite longa vida. Já o grupo Transportes caiu 0,33%, influenciado pela redução das passagens aéreas (-11,40%). Entre as regiões, Goiânia teve a maior variação mensal (1,07%) e Porto Alegre, a menor (0,17%).

Censo Demográfico 2022: Composição domiciliar e óbitos informados: Resultados do universo

O Censo 2022 mostra que 50,9% dos responsáveis por domicílios eram homens e 49,1% mulheres, uma mudança em relação a 2010, quando homens eram maioria (61,3%). A maior parte das unidades domésticas (57,5%) ainda era composta por casais de sexos diferentes, mas essa proporção caiu desde 2010, enquanto lares com casais do mesmo sexo aumentaram de 0,1% para 0,54%. Famílias nucleares eram as mais comuns (64,1%), seguidas pelas unipessoais (18,9%). Entre agosto de 2021 e julho de 2022, o país registrou 1.326.138 óbitos, com uma alta mortalidade masculina, especialmente entre jovens de 20 a 24 anos.

Publicações do Estado do Piauí

Informe socioeconômico N°39- Ideb da Educação do Piauí é destaque nacional  

Em 2023, o Piauí se destacou com a maior nota no Ensino Médio entre os estados nordestinos, alcançando 4,5 pontos, superando a média nacional, que foi de 4,3, e a média regional, de 4,1. No Ensino Fundamental (anos iniciais), o Piauí também mostrou evolução, com a nota do IDEB subindo de 6,0 em 2019 para 6,4 em 2023, novamente superando a média nacional (6,0) e a média do Nordeste (5,2), sendo o segundo estado da região com maior nota. Nos anos finais do Ensino Fundamental, o estado apresentou crescimento de 4,7 para 4,9 pontos entre 2019 e 2023. Com esses avanços, o Piauí se destaca na qualidade do Ensino Fundamental (anos iniciais e finais) e do Ensino Médio, tanto no contexto regional quanto nacional.

Boletim Ambiental A expansão das energias renováveis no Nordeste e Brasil: foco no Estado do Piauí

Este estudo analisa a expansão do setor elétrico no Brasil após a crise energética de 2001, focando na geração de energia renovável no Nordeste, especialmente no Piauí. O estado se destaca pelo investimento em fontes renováveis, como eólica e solar, que em 2022 representaram 95,8% da energia gerada, totalizando 14.068,2 GWh, colocando o Piauí em 3ª posição no Nordeste e 4ª no Brasil. Desde 2011, a geração de energia renovável cresceu significativamente, com um aumento de 78,35 GWh, impulsionado pela implementação da primeira hidrelétrica em 1970 e pela diversificação com termelétricas e parques eólicos. Entre 2004 e 2024, o número de empreendimentos de energia elétrica no Piauí saltou de 4 para 200, uma variação de 4.900%, superando médias regionais e nacionais. A maioria das usinas atualmente é fotovoltaica, seguida por usinas eólicas e termelétricas, evidenciando um crescimento exponencial na geração de energia renovável, resultado de estratégias e programas governamentais pós-crise.

Boletim analítico- Conjuntura Econômica 3° trimestre 2023

Em 2023, a produção agrícola do Piauí cresceu 10,99%, com a soja dominando 53,03% da produção total e um aumento de 7,95% na cultura do arroz. O Comércio Varejista teve uma queda de -0,4% nas vendas, mas o Comércio Varejista Ampliado cresceu 1,3%, superando a média nacional. O consumo de energia elétrica aumentou 10,26%, atingindo 1.150.621 MWh, com um total de 1.497.300 consumidores. As exportações caíram 20,50%, totalizando US$ 450,5 milhões, e a balança comercial teve um saldo de US$ 253,9 milhões, uma queda de -44,31%. As receitas públicas cresceram 47,96%, impulsionadas por crédito internacional, e a Receita Consolidada Líquida subiu 7,65%. A Previdência Social atendeu 717.365 beneficiários, com um aumento de 4,51% nos pagamentos. O Piauí gerou 8.994 novos empregos formais, com destaque para os setores de Serviços, Construção e Comércio. A taxa de desocupação foi de 9,9%, um aumento em relação ao ano anterior, posicionando o estado como o quarto com maior taxa de desocupação no Nordeste.

Boletim social- Cor e raça: desigualdades sociais no contexto piauiense

O texto aborda a desigualdade socioeconômica entre as populações negra e não negra no Brasil, especialmente no Nordeste e no Piauí, onde a maioria se autodeclara preta ou parda. A análise revela que a taxa de analfabetismo é mais alta entre a população negra (13,8%) em comparação com a branca (11,1%), e a média de anos de estudo para a população preta e parda é de 8,7 anos, inferior à da população branca. Essa disparidade impacta a condição de 27,5% dos jovens que não estudam nem trabalham, predominantemente da população negra. Além disso, apenas 14,1% dessa população completou o Ensino Superior, em contraste com os brancos. A desigualdade também se reflete no mercado de trabalho, onde a população negra, apesar de representar 77% do emprego no Piauí, recebe salários significativamente mais baixos. Dados do IPEA mostram que essa população é mais vulnerável à violência, especialmente a homicídios, e enfrenta dificuldades em se fazer representar politicamente. A análise dos dados do IBGE e IPEA evidencia que, apesar da população negra ser majoritária em algumas regiões, continua a enfrentar barreiras educacionais e profissionais, exacerbadas pelo racismo estrutural. Assim, a luta pela equidade racial é crucial para o desenvolvimento sustentável no Brasil, sendo o ODS 18 uma importante iniciativa do Governo Federal para reduzir as desigualdades raciais.

Agenda econômica para a próxima semana: 28/10 a 01/11

28/10/2024 (Segunda-feira):

  • Banco Central divulga o Relatório Focus.

29/10/2024 (Terça-feira):

  • Secex divulga a Balança Comercial Semanal.

30/10/2024 (Quarta-feira):

  • IBGE divulga o Índice de Preços ao Produtor – Indústrias Extrativas e de Transformação
  • FGV divulga o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a Sondagem de Serviços e a Sondagem do Comércio.
  • Ministério do Trabalho divulga o CAGED.

31/10/2024 (Quinta-feira):

1/11/2024 (Sexta-feira):

  • IBGE divulga a Pesquisa Industrial Mensal (PIM).
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