Secretaria do Planejamento do Piauí – SEPLAN

Relatório Focus: Projeções econômicas indicam tendência de menor inflação e câmbio mais apreciado

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As projeções de inflação continuam a ceder. A mediana das expectativas para o IPCA de 2025 recuou de 5,55% na semana passada para 5,53% nesta semana, marcando o terceiro recuo consecutivo após três semanas de estabilidade. Em relação ao crescimento do PIB, as projeções seguem estáveis: 2,00% para 2025, 1,70% para 2026 e 2,00% para 2027. Medidas recentemente anunciadas devem gerar estímulos adicionais à demanda, contribuindo para uma desaceleração econômica ainda mais gradual.

O consenso de mercado para a taxa Selic ao final de 2025 caiu de 15,00% para 14,75%. Nas últimas comunicações, o Comitê de Política Monetária (Copom) tem enfatizado que o cenário internacional incerto exige maior cautela na condução da política monetária. Além disso, a valorização da taxa de câmbio e os preços mais baixos do petróleo tendem a reduzir a inflação de curto prazo. As projeções para a Selic permanecem inalteradas em 12,50% para o final de 2026 e em 10,50% para o final de 2027.A expectativa para a taxa de câmbio também apresentou queda em todo o horizonte analisado. As estimativas passaram de R$/US$ 5,90 para R$/US$ 5,86 no final de 2025, de R$/US$ 5,95 para R$/US$ 5,91 no final de 2026 e de R$/US$ 5,86 para R$/US$ 5,85 no final de 2027.

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IPCA: Índice de abril fica em 0,43%, segundo IBGE

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 0,43% em abril, abaixo da taxa de março (0,56%), mas ainda o maior índice para um mês de abril desde 2023. No acumulado do ano, o IPCA registra alta de 2,48%, e em 12 meses chega a 5,53%, levemente acima dos 5,48% anteriores.

Entre os grupos pesquisados, apenas Transportes (-0,38%) apresentou queda. O destaque de alta foi Saúde e cuidados pessoais (1,18%), puxado pelos medicamentos (2,32%) após reajuste autorizado no fim de março. Alimentação e bebidas também tiveram alta (0,82%), com forte impacto da batata-inglesa (+18,29%), tomate (+14,32%) e café moído (+4,48%). Por outro lado, cenoura, arroz e frutas apresentaram queda nos preços.

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Queda nas commodities reduz superávit da balança comercial em abril

A redução nos preços de commodities internacionais impactou negativamente o superávit da balança comercial brasileira em abril. Mesmo com o início de algumas safras agrícolas, o país registrou superávit de US$ 8,153 bilhões, segundo dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). O valor representa uma queda de 3,3% em relação ao mesmo mês de 2024, mas ainda é o quarto melhor resultado da série histórica para abril, atrás apenas de 2021, 2022 e 2024.

No acumulado de janeiro a abril de 2025, o superávit da balança comercial soma US$ 17,728 bilhões, com queda de 34,2% frente ao mesmo período do ano passado. O desempenho foi influenciado pelo déficit de fevereiro, de US$ 471,6 milhões, causado pela importação pontual de uma plataforma de petróleo.

Apesar da redução no superávit, abril foi marcado por recordes tanto nas exportações quanto nas importações. O Brasil exportou US$ 30,409 bilhões, aumento de 0,3% em relação a abril de 2024, no melhor resultado mensal da série iniciada em 1989. As importações também bateram recorde, totalizando US$ 22,256 bilhões, com alta de 1,6% na comparação anual.

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IGP-DI Sobe 0,30% em abril, influenciado por alimentos processados e medicamentos

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 0,30% em abril, revertendo a queda de -0,50% observada em março. Com isso, o índice acumula alta de 0,90% no ano e 8,11% nos últimos 12 meses. Em abril de 2024, o IGP-DI havia subido 0,72%, com queda acumulada de 2,32% em 12 meses.

Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o aumento em abril foi impulsionado principalmente pelo IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), com destaque para a alta nos preços da indústria de transformação, especialmente alimentos processados — o que pode indicar repasses mais fortes ao consumidor nos próximos meses.

No âmbito do IPC (Índice de Preços ao Consumidor), a maior pressão veio do grupo Saúde e Cuidados Pessoais, devido ao reajuste autorizado nos preços de medicamentos a partir de abril.

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Agenda Econômica para a próxima semana: 12/05 a 16/05

12/05/2025 (Segunda-feira):

  • Banco Central divulga o relatório Focus
  • Divulgação parcial da balança comercial e estatística de comércio exterior

  14/05/2025 (quarta-feira)

  • Pesquisa Industrial Mensal: Produção Física – Regional – IBGE
  • Pesquisa Mensal de Serviços – IBGE

     16/05/2025(sexta-feira)

  • Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral – IBGE
  • IPC-S – 2ª Quadrissemana – Maio/2025 – FGV/IBRE

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