
A confiança do consumidor brasileiro subiu em setembro e atingiu o maior nível desde dezembro de 2024, segundo a Fundação Getúlio Vargas. O ICC avançou 1,3 ponto e chegou a 87,5 pontos, puxado pela melhora das expectativas, em especial pelo indicador de situação econômica futura, que registrou alta em todas as faixas de renda. O IE (Índice de Expectativas) cresceu 3,7 pontos, alcançando 91,8, enquanto o ISA (Índice de Situação Atual) recuou 2,5 pontos, para 82,0, após duas altas consecutivas.
De acordo com a FGV, o mercado de trabalho aquecido e a recente queda da inflação reduziram o pessimismo em relação ao futuro. No entanto, a economista Anna Carolina Gouveia ressaltou que o elevado endividamento e a inadimplência das famílias limitam uma recuperação mais robusta da confiança. Os dados do IBGE mostram que a taxa de desemprego recuou para 5,6% até julho, o menor nível da série. Apesar disso, a política monetária restritiva, com a Selic mantida em 15%, ainda pesa sobre o consumo.
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Boletim Focus: mercado reduz expectativas para IPCA e Selic para o ano de 2026
O Relatório Focus divulgado nesta segunda-feira (22) mostrou leve revisão para baixo das projeções de inflação e juros. A estimativa do IPCA em 2026 caiu de 4,30% para 4,29%, enquanto a Selic recuou de 12,38% para 12,25%. Para 2025, a inflação projetada segue em 4,83%, com câmbio em R$ 5,50 e PIB em 2,16%. A taxa básica de juros em 2024 continua em 15% pela 13ª semana seguida. Já para os anos seguintes, a inflação esperada ficou em 3,90% (2027) e 3,70% (2028), enquanto o IGP-M passou a 1,09% (2025), 4,18% (2026 e 2027) e 4% (2028).
Nas projeções de médio prazo, o câmbio foi mantido em R$ 5,60 para 2026 e 2027, e em R$ 5,54 para 2028. Já o PIB deve avançar 1,80% em 2026, 1,90% em 2027 e 2% em 2028, patamar estável há 80 semanas. Para os preços administrados, as projeções subiram para 4,75% em 2025, mas recuaram para 3,97% em 2026, permanecendo em 4,00% em 2027 e 3,65% em 2028. A taxa Selic, por sua vez, segue em 10,50% em 2027 e 10% em 2028, sem mudanças.
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Ata do Copom: Banco Central reforça a necessidade de manutenção da Taxa Selic em 15%
A ata do Copom divulgada nesta terça-feira (23) reforçou a decisão de manter a taxa Selic em 15%, em linha com as expectativas do mercado. O documento destacou que os juros devem permanecer elevados por um período prolongado, diante das incertezas externas e da persistência das pressões inflacionárias no Brasil. Embora haja sinais de moderação da atividade econômica, o Banco Central avaliou que os núcleos do IPCA seguem elevados, o que exige cautela na condução da política monetária.
O texto também apontou riscos associados ao cenário internacional, especialmente em função das recentes decisões do Federal Reserve, que reduziu os juros nos Estados Unidos para a faixa de 4% a 4,25%. O BC destacou que a combinação de câmbio mais apreciado e commodities em queda tem favorecido a desaceleração em bens industrializados e alimentos, mas a inflação de serviços continua resiliente, sustentada pelo mercado de trabalho aquecido. Nesse contexto, o Comitê reiterou que seguirá vigilante para garantir a convergência da inflação à meta.
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IPCA-15 acelera a 0,48% no mês de setembro
O IPCA-15, prévia da inflação oficial, subiu 0,48% em setembro, após queda de 0,14% em agosto, segundo o IBGE. A alta foi puxada principalmente pela energia elétrica residencial, que avançou 12,17% com o fim do Bônus de Itaipu e a volta da bandeira tarifária vermelha patamar 2. Com isso, o índice acumula 5,32% em 12 meses e 3,76% em 2025, mas veio abaixo das expectativas do mercado, que projetava alta próxima de 0,52%. Entre os grupos pesquisados, destacaram-se as altas em Habitação (3,31%), Vestuário (0,97%) e Saúde e cuidados pessoais (0,36%), enquanto Alimentação e bebidas recuaram 0,35% e Transportes caíram 0,25%.
O alívio nos preços de alimentos básicos, como tomate, cebola e arroz, contribuiu para a queda da alimentação no domicílio, enquanto passagens aéreas e seguro de veículos ajudaram na redução dos transportes. Apesar do índice em 12 meses seguir acima do teto da meta do BC (4,5%), analistas avaliam que a melhora na composição da inflação e sinais de desaceleração econômica reforçam a tendência de queda. A expectativa é de que o ciclo de cortes da Selic, atualmente em 15%, comece em 2026, com projeções de encerramento do ano entre 10,5% e 13%, dependendo do ritmo de redução.
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Agenda Econômica para a próxima semana: 29/09 a 03/10
29/09/2025 (Segunda-feira):
- IGP-M (Mensal) (Set)
- Boletim Focus
- Índice de Evolução de Emprego do CAGED (Ago)
30/09/2025 (Terça-feira):
- Superávit Orçamentário (Ago)
- Dívida Bruta/PIB (Mensal) (Ago)
- Taxa de Desemprego no Brasil (Ago)
03/10/2025 (Sexta-feira):
- Produção Industrial (Anual) (Ago)
