As projeções do mercado financeiro para 2025 indicam uma leve melhora nas expectativas inflacionárias e de crescimento econômico. A estimativa para a inflação do ano recuou pela terceira vez consecutiva, passando de 5,44% para 5,25%. Apesar da queda, o índice ainda permanece acima do teto da meta estabelecida, que é de 4,5%. Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a projeção de crescimento para 2025 subiu levemente, de 2,18% para 2,20%. Para 2026, também houve revisão positiva: o mercado elevou a expectativa de alta do PIB de 1,81% para 1,83%.
No que diz respeito à política monetária, a projeção para a taxa básica de juros (Selic) ao final de 2025 foi mantida em 14,75% ao ano, refletindo estabilidade nas expectativas sobre a condução da política econômica. Já no mercado cambial, o dólar apresentou leve recuo nas projeções. A estimativa para a taxa de câmbio ao fim de 2025 passou de R$ 5,80 para R$ 5,77. Para 2026, a previsão também caiu, de R$ 5,89 para R$ 5,80.
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IGP-10 recua 0,97% em junho e reforça tendência de deflação
O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) caiu 0,97% em junho, após registrar leve retração de 0,01% em maio. Com isso, o índice acumula alta de 0,23% no ano e 5,62% nos últimos 12 meses. Em junho de 2024, o IGP-10 havia subido 0,83% no mês e 1,79% no acumulado em 12 meses.
No varejo, o grupo alimentação também mostrou desaceleração, com destaque para a redução nos preços de ovos, tomate e arroz. Por outro lado, os custos da construção civil seguem em alta, pressionados pelo aumento dos salários no setor e de insumos como a conta de energia elétrica.
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IPA registra queda de 1,54% em junho e amplia movimento de retração
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 1,54% em junho, intensificando a tendência de queda observada em maio, quando havia recuado 0,17%. O indicador reflete o comportamento dos preços no atacado e é um dos principais componentes do IGP-10.
A análise por estágios de processamento mostra que o grupo de Bens Finais apresentou uma desaceleração significativa, passando de alta de 0,99% em maio para uma leve queda de 0,01% em junho. O subgrupo Bens Finais (ex), que desconsidera alimentos in natura e combustíveis, também desacelerou, de 1,18% para 0,42%.
No grupo de Bens Intermediários, a taxa caiu 0,87% em junho, após uma alta de 0,10% no mês anterior. Já o índice Bens Intermediários (ex), que exclui combustíveis e lubrificantes, inverteu o comportamento e caiu 0,70%, após ter registrado alta de 0,69% em maio. O maior recuo foi observado no estágio das Matérias-Primas Brutas, cuja queda passou de -1,09% em maio para -2,98% em junho, refletindo um alívio mais intenso nos preços da produção primária.
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IPC registra alta de 0,28% em junho com desaceleração em relação a maio
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,28% em junho, apresentando desaceleração em relação ao aumento de 0,42% registrado em maio. Entre as oito classes de despesa que compõem o índice, cinco tiveram redução nas taxas de variação.
O grupo Alimentação desacelerou de 0,53% para 0,11%, enquanto Saúde e Cuidados Pessoais caiu de 1,08% para 0,44%. Também apresentaram queda nas variações as categorias Despesas Diversas (de 1,15% para 0,14%), Vestuário (de 0,66% para 0,51%) e Transportes, que passou de -0,07% para -0,08%.
Por outro lado, os grupos Habitação (de 0,57% para 0,86%), Educação, Leitura e Recreação (de -0,45% para -0,08%) e Comunicação (de -0,25% para -0,05%) registraram alta em suas taxas de variação.
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Agenda Econômica para a próxima semana: 23/06 a 27/06
23/06/2025 (Segunda-feira):
- Banco Central divulga o relatório Focus
- FGV IBRE Divulga IPC-S – 3ª quadrissemana – Junho/2025
24/06/2025 (Terça-feira):
- FGV IBRE Divulga IPC-S Capitais – 3ª quadrissemana – Junho/2025
26/06/2025 (Quinta-feira)
- IBGE Divulga o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial Período de referência: 4/2025 a 6/2025
- IBGE divulga os Indicadores Econômicos do Brasil
