
A pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central indicou uma leve melhora na projeção do câmbio, com analistas reduzindo suas estimativas para o dólar ao final de 2025 e 2026 — de R$ 5,48 para R$ 5,45 e de R$ 5,58 para R$ 5,53, respectivamente. Houve também uma pequena revisão para baixo na expectativa de inflação (IPCA) para 2025, que caiu 0,01 ponto percentual, atingindo 4,80%. A previsão para 2026 permaneceu em 4,28%, ainda acima do centro da meta de 3,00%, mas dentro da margem de tolerância.
As projeções para o crescimento do PIB foram mantidas, com expectativas de alta de 2,16% em 2025 e 1,80% em 2026. Também não houve alterações nas previsões para a política monetária: o mercado continua estimando a taxa Selic em 15,0% até o fim deste ano e 12,25% ao final de 2026. Em resumo, o cenário econômico projetado pelos analistas segue relativamente estável, com leves ajustes apenas nas projeções para o câmbio e a inflação de curto prazo.

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Balança comercial apresenta superávit de US$ 3 bilhões no mês de setembro, segundo Mdic
Em setembro de 2025, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 3 bilhões, uma queda de 41,1% em relação ao mesmo mês de 2024, quando o saldo foi de US$ 5,1 bilhões. Apesar do crescimento de 7,2% nas exportações — impulsionadas especialmente pelo setor agropecuário, com destaque para a alta de 55,6% nas vendas de carne bovina — o aumento de 17,7% nas importações e a compra pontual de uma plataforma de petróleo de US$ 2,4 bilhões contribuíram significativamente para a redução do saldo. A corrente de comércio totalizou US$ 58,1 bilhões, com alta de 12% sobre setembro do ano anterior.
No acumulado de janeiro a setembro de 2025, o superávit da balança comercial caiu 22,5% em comparação ao mesmo período de 2024. As exportações somaram US$ 258 bilhões, com leve alta de 1,1%, enquanto as importações cresceram 8,2%, atingindo US$ 161 bilhões. Entre os produtos com maior crescimento nas importações estão motores e máquinas (63,1%), medicamentos (51,7%) e inseticidas (38,3%). A aquisição de plataformas de petróleo, como ocorreu também em fevereiro, continua a impactar pontualmente os resultados mensais.
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IPCA: Índice fica em 0,48% no mês de setembro
Em setembro de 2025, o IPCA registrou alta de 0,48%, revertendo a deflação de -0,11% observada em agosto. O principal impacto veio do grupo Habitação, que subiu 2,97%, puxado pelo aumento de 10,31% na energia elétrica residencial, devido ao fim do Bônus de Itaipu, vigência da bandeira vermelha patamar 2 e reajustes tarifários em diversas capitais. Esse item sozinho respondeu por 0,41 ponto percentual do índice do mês. Outros grupos com alta foram Vestuário (0,63%) e Despesas pessoais (0,51%), enquanto Alimentação e bebidas (-0,26%) registraram queda pelo quarto mês consecutivo, com destaque para a redução nos preços de itens básicos como tomate, cebola e batata-inglesa. No acumulado de 12 meses, o IPCA ficou em 5,17%, ligeiramente acima dos 5,13% registrados anteriormente.
O INPC, que mede a inflação percebida por famílias de menor renda, teve alta de 0,52% em setembro e acumula 5,10% em 12 meses. O aumento foi puxado principalmente pelos itens não alimentícios, que passaram de -0,10% em agosto para 0,80% em setembro. A energia elétrica também foi o destaque nesse índice, especialmente nas regiões com maiores reajustes, como Vitória (alta de 12,53%) e São Luís (27,30%). Salvador registrou a menor variação tanto no IPCA (0,17%) quanto no INPC (0,16%), influenciada pelas fortes quedas no tomate e em itens de higiene pessoal. A alta nos combustíveis também contribuiu para o índice, com aumentos em etanol, gasolina e diesel, embora itens como passagens aéreas e seguro de veículos tenham ajudado a conter uma elevação ainda maior.
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Produção de veículos: produção de veículos sobe 5,8% no mês de setembro, segundo Anfavea
Em setembro de 2025, a produção de veículos no Brasil atingiu 243.405 unidades, representando um crescimento de 5,8% em relação ao mesmo mês de 2024, mas com leve queda de 1,5% na comparação com agosto. No acumulado do ano, o setor registrou avanço de 6,0%, totalizando 1,986 milhão de unidades produzidas. As vendas internas também cresceram: foram licenciadas 243.230 unidades no mês, alta de 7,9% em relação a agosto e de 2,9% frente a setembro do ano anterior. Já as exportações recuaram 8% no mês (52.544 unidades), mas acumulam crescimento expressivo de 51,6% no ano, com 430.793 veículos enviados ao exterior até setembro.
Por segmento, os automóveis representaram a maior fatia da produção (183.174 unidades), com queda mensal de 5,7% e alta anual de 8,3%. Os comerciais leves tiveram crescimento robusto na produção (18,1%) e nos emplacamentos (24,7%) em relação a agosto. O segmento de caminhões manteve estabilidade na produção (+0,1%) frente ao mês anterior, mas apresentou queda expressiva de 23,5% na comparação anual. A produção de ônibus subiu 6,9% no mês e 27% no ano, enquanto os emplacamentos recuaram 2,5% frente a setembro de 2024, apesar da alta de 13,6% em relação a agosto. Esses dados mostram um setor automotivo em recuperação moderada, com destaque para a retomada das exportações e aumento consistente na venda de comerciais leves.
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Agenda Econômica para a próxima semana: 13/10 a 17/10
13/10/2025 (Segunda-feira):
• Banco Central divulga o Boletim Focus
14/10/2025 (Terça-feira):
• Crescimento do Setor de Serviços (Anual) (Ago)
15/10/2025 (Quarta-feira):
• Vendas no Varejo (Anual) (Ago)
16/10/2025 (Quinta-feira):
• IBC-Br (Ago)
17/10/2025 (Sexta-feira):
• IGP-10 – Índice de Inflação (Mensal) (Mensal) (Out)

