O Governo do Piauí, por meio do Projeto Piauí Sustentável e Inclusivo (PSI), tem promovido ações estratégicas para fortalecer o protagonismo de mulheres e jovens no meio rural. Com uma abordagem classificada como “gênero transformador”, o projeto contribui diretamente para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), promovendo inclusão produtiva, fortalecimento de lideranças e enfrentamento das desigualdades históricas.
O PSI atua em sete Territórios de Desenvolvimento localizados na bacia hidrográfica dos rios Piauí e Canindé, abrangendo 138 municípios. Desse total, 125 estão no semiárido e 13 em áreas de transição, com predominância de características do semiárido e inseridas no ecossistema da Mata dos Cocais.
Coordenado pela Secretaria de Planejamento do Estado (Seplan), o projeto financia ações executadas por três órgãos: a Secretaria da Agricultura Familiar (SAF), a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e o Instituto de Terras do Piauí (Interpi).
No primeiro semestre de 2025, a SAF realizou visitas técnicas a 56 associações lideradas por mulheres, beneficiando diretamente mais de duas mil pessoas. Desse total, 81,6% são mulheres. As visitas resultaram no fortalecimento de 56 lideranças femininas e na criação de redes territoriais de empoderamento que ampliam a participação das mulheres nos processos decisórios locais.
Também houve avanços significativos na área de regularização fundiária. Entre janeiro e junho, o Interpi titulou 398 famílias de assentamentos e de Povos e Comunidades Tradicionais (PCTs), em três municípios localizados em dois Territórios de Desenvolvimento. Das 52 famílias de assentamentos beneficiadas, 43 receberam títulos em nome de mulheres, o que representa 83% do total. Além disso, 15% dos títulos foram emitidos em nome de jovens entre 15 e 29 anos, superando as metas de gênero e juventude estabelecidas pelo projeto.
O PSI também tem investido em capacitação técnica e engajamento político. Um exemplo é o Curso de Apicultura oferecido ao grupo de mulheres Guardiãs da Caatinga e das Abelhas, no município de Conceição do Canindé. Outra iniciativa relevante foi a participação no evento “Babaçu é Clima: Quebradeiras de Coco Babaçu rumo à COP30”, que promoveu a troca de saberes entre lideranças tradicionais e iniciativas voltadas à agenda climática global.
Segundo Betina Barros, especialista em Gênero do PSI e da Seplan, as ações do projeto partem do reconhecimento das desigualdades estruturais que historicamente afetam mulheres e jovens no meio rural. “As ações voltadas para gênero e juventude no PSI representam um eixo fundamental da sua abordagem transformadora. Ao reconhecer as barreiras históricas enfrentadas por mulheres e jovens no acesso a recursos, direitos e espaços de decisão, o projeto reafirma seu compromisso com a justiça social e a sustentabilidade. Essas atividades não apenas promovem inclusão produtiva e fortalecimento da cidadania, mas também ampliam o protagonismo de grupos essenciais para o presente e o futuro das comunidades rurais”, destacou a especialista.
Com ações integradas e foco na inclusão, o Projeto Piauí Sustentável e Inclusivo reafirma o compromisso do Governo do Estado com um modelo de desenvolvimento rural mais justo, participativo e sustentável. Ao impulsionar o protagonismo feminino e juvenil, o PSI contribui para a formação de uma nova geração de lideranças sociais, econômicas e ambientais nos territórios rurais piauienses.
