Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 3,0%, totalizando R$ 10,1 trilhões em 2022
Em 2022, o PIB brasileiro cresceu 3%, atingindo R$ 10,1 trilhões, com destaque para o setor de Serviços, que avançou 4,3% impulsionado pelo aumento de 4,1% no consumo das famílias. A Indústria cresceu 1,5%, enquanto a Agropecuária recuou 1,1%. A Formação Bruta de Capital Fixo aumentou 1,1%, e a taxa de investimento foi de 17,8%. Na demanda, o consumo das famílias representou 61,4% do PIB e contribuiu 2,1 pontos percentuais para o crescimento total, complementado por uma contribuição de 0,9 p.p. das exportações. O IBGE está atualizando o Sistema de Contas Nacionais, alterando o ano base de 2010 para 2021, o que temporariamente suspende a publicação detalhada das Tabelas de Recursos e Usos (TRU) e das Contas Econômicas Integradas (CEI). Destaca-se que no dia 14/11 a CEPRO/SEPLAN em parceria com o IBGE divulgará o PIB Estadual do Estado do Piauí para o ano de 2022.
Outubro marca alta nos preços de alimentos e aumento na Cesta Básica em Teresina
Em outubro de 2024, Teresina registrou um aumento de 6,13% no valor da cesta básica, que alcançou R$ 550,85, o maior entre as capitais analisadas. Esse aumento foi impulsionado por altos preços de itens como tomate (32,51%), banana (11,03%) e óleo (10,62%). A escassez de oferta e o aumento da demanda contribuíram para a alta desses produtos. Embora a cesta tenha apresentado aumentos no início do ano, houve uma queda entre maio e setembro, com uma reversão no mês de outubro. O gráfico das variações mensais mostra flutuações, mas destaca uma tendência recente de aumento em setembro/outubro.
Banco Central aponta alta nas expectativas para o mercado
A mediana das expectativas do mercado, divulgada pelo relatório Focus do Banco Central referente a 1 de novembro, indica que o IPCA de 2024 deverá encerrar em 4,59%. Em relação ao PIB, a expectativa de crescimento é de 3,10%. No que se refere à taxa de câmbio, a expectativa do mercado é de R$/US$ 5,500 ao final do ano. Por fim, a mediana das perspectivas quanto à taxa Selic apresentou estabilidade de 11,75% a.a.
Copom eleva a taxa Selic para 11,25% a.a.
O ambiente externo segue desafiador devido à incerteza econômica nos EUA e a política monetária global. Bancos centrais das principais economias permanecem focados em reduzir a inflação, o que exige cautela dos países emergentes. No Brasil, o Comitê observa o impacto da política fiscal sobre a política monetária, enfatizando a necessidade de uma política fiscal sustentável para controlar a inflação e reduzir o risco nos ativos financeiros. Dada a resiliência econômica, pressões inflacionárias e expectativas desancoradas, o Copom decidiu elevar a taxa de juros para 11,25% a.a. para alinhar a inflação à meta. O ritmo e a magnitude dos ajustes futuros dependerão da evolução da inflação e de outros indicadores econômicos.
Em outubro de 2024, as exportações brasileiras caíram 0,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior, somando US$ 29,46 bilhões, enquanto as importações cresceram 22,5%, totalizando US$ 25,12 bilhões, resultando em um superávit comercial de US$ 4,34 bilhões, uma queda de 52,7%. No acumulado de janeiro a outubro de 2024, as exportações aumentaram 0,5% e as importações, 9,5%, levando a um superávit de US$ 63,02 bilhões, 22% menor que no ano anterior. Setorialmente, em outubro, houve queda nas exportações da agropecuária (-12,8%) e indústria extrativa (-14,5%), com crescimento na indústria de transformação (10,9%). Nas importações mensais, a agropecuária cresceu 32,6% e a transformação, 25,5%, enquanto a extrativa caiu 9,6%. Os principais parceiros comerciais, China, Estados Unidos, Argentina e União Europeia, mostraram variação nas balanças comerciais, destacando-se o crescimento da corrente de comércio com os EUA (5,3%) e UE (10,8%).
Em setembro de 2024, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou alta de 0,66%, o oitavo aumento consecutivo, acumulando 5,51% no ano e 6,06% em 12 meses. Entre os setores, Alimentos subiu 3,70%, impactado pela restrição na oferta de açúcar e carnes; Indústrias Extrativas caíram -5,85%; Papel e Celulose tiveram redução de -2,99%; Refino de Petróleo e Biocombustíveis recuou -1,27%, e Metalurgia aumentou 0,97%, acumulando a maior variação anual (16,61%). As categorias econômicas foram lideradas pelos Bens de Consumo (1,34%), refletindo pressões da demanda, cotação de commodities, clima e dólar valorizado.
Em setembro de 2024, a produção industrial brasileira cresceu 1,1% em relação a agosto, com sete dos 15 locais pesquisados registrando altas, destacando-se Espírito Santo, Goiás, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Já Ceará (-4,5%), Amazonas (-3,1%) e Pernambuco (-2,6%) apontaram os recuos mais intensos. Em comparação ao mesmo mês de 2023, o crescimento foi de 3,4%, com aumento em 14 dos 18 locais, impulsionado por Mato Grosso do Sul e Pernambuco. No acumulado do ano, houve crescimento de 3,1%, liderado pelo Rio Grande do Norte, com avanço em 17 dos 18 locais. O desempenho positivo continuou no acumulado dos últimos 12 meses, com 2,6% de crescimento em setembro, refletindo o fortalecimento da indústria em diversas regiões do país.
Em outubro de 2024, o IPCA registrou alta de 0,56%, acima dos 0,44% de setembro, acumulando 3,88% no ano e 4,76% nos últimos 12 meses. Os principais grupos responsáveis por esse aumento foram Habitação (1,49%), impulsionado pelo aumento da energia elétrica residencial em 4,74% devido à bandeira tarifária vermelha, e Alimentação e bebidas (1,06%), com destaque para a alta das carnes (5,81%) e do tomate (9,82%). O grupo Transportes apresentou recuo de 0,38%, impactado pela queda nas passagens aéreas (-11,50%) e descontos no transporte público em dia de eleição. Regionalmente, Goiânia teve a maior variação (0,80%) e Aracaju, a menor (0,11%).
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) tem alta de 0,61% em outubro
O INPC teve alta de 0,61% em outubro. No ano, o INPC acumula alta de 3,92% e, nos últimos 12 meses. Habitação e produtos alimentícios registraram aumentos de 1,61% e 1,11%, respectivamente. Quanto aos índices regionais, Goiânia registrou a maior alta (0,94%), por conta do tomate (26,88%) e da energia elétrica residencial (9,76%). Já a menor variação foi observada em Aracaju (0,09%), por conta dos recuos dos preços do ônibus urbano (-6,22%) e da gasolina (-2,88%).
Em outubro, Índice Nacional da Construção Civil varia 0,53%
Em outubro, o Índice Nacional da Construção Civil (SINAPI) variou 0,53%, uma leve queda em relação a setembro (0,35%). Nos últimos 12 meses, o índice acumulou 3,86%, superando os 3,46% do período anterior. A taxa dos materiais, de 0,79%, foi a mais alta desde agosto de 2022, enquanto a mão de obra manteve a variação de 0,16% vista em setembro, apesar de acordos coletivos. A região Norte liderou as variações regionais com 1,58%, impulsionada por aumentos em Roraima e no Pará. O Piauí registrou uma variação de 0,32% em outubro de 2024, com custo médio da construção de R$ 1.656,96 por metro quadrado. No acumulado do ano, o estado apresentou um crescimento de 2,61%, enquanto o acumulado dos últimos 12 meses foi de 5,51%. O estado demonstrou uma das maiores variações anuais na região Nordeste, reforçando o impacto do custo de materiais e mão de obra.
O Censo 2022 do IBGE identificou 12.348 favelas e comunidades urbanas no Brasil, onde vivem 16,4 milhões de pessoas, representando 8,1% da população nacional, um aumento em relação a 2010 (6,0%). As regiões Norte e Sudeste concentram as maiores comunidades, com destaque para a Rocinha (RJ) e Sol Nascente (DF). A população das favelas é majoritariamente parda ou preta e mais jovem que a média nacional, com idade mediana de 30 anos. A infraestrutura mostra avanços, mas desafios persistem, com 74,6% dos domicílios conectados à rede de esgoto e 96,7% com coleta de lixo. As favelas também abrigam 6,5 estabelecimentos religiosos para cada escola e concentram 8,8% dos estabelecimentos religiosos do país. Com relação ao Estado do Piauí o IBGE identificou 173 favelas e comunidades urbanas, sendo 170 em Teresina, 2 em Picos e 1 em Parnaíba, com um total de 199.044 pessoas residentes.
Agenda econômica para a próxima semana: 11/11 a 15/11
11/11/2024 (Segunda-feira):
- Banco Central divulga o Relatório Focus.
- Secex divulga a Balança Comercial Semanal.
12/11/2024 (Terça-feira):
- IBGE divulga a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC).
13/11/2024 (Quarta-feira):
- IBGE divulga a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS).
14/11/2024 (Quinta-feira):
- FGV divulga o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10).
- Banco Central divulga o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br).
- IBGE divulga o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola
- IBGE divulga Pesquisa de Estoques
- IBGE divulga Prognóstico da Safra (1º Prognóstico)
- IBGE divulga Censo Demográfico 2022: Agregados por Setores IBGE divulga Censitários: Resultados do universo
- IBGE divulga Sistema de Contas Regionais: Brasil